“Faz parte da arte de viver, não barganhar com a oportunidade.
Na antiga Roma, um grupo de feiticeiras conhecidas como Sibilas escreveu nove livros contando o futuro de Roma. Levaram os nove livros para Tibério. “Quanto custa?”, perguntou o imperador de Roma. “Cem moedas de ouro”, responderam as Sibilas.
Indignado, Tibério expulsou-as. As Sibilas queimaram três livros e voltaram: “Continua custando cem moedas”, disseram. Tibério riu e não aceitou: pagar por seis livros o mesmo que pagaria por nove?
As Sibilas queimaram mais três livros, e voltaram com os três restantes: “continuam custando cem moedas de ouro”, disseram. Tibério, mordido pela curiosidade, terminou por pagar – mas só conseguiu ler parte do futuro de seu Império.
(Esta versão da história dos Livros Sibilinos é de J.P. Andrew)” (http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2011/05/31/dos-livros/)
Ainda que o post do Senhor Coelho fale por si, mesmo sem licença poética da transcrição, senti aquela coceira que se apodera de meus dedos quando chega perto da meia-noite, e resolvi comentar:
A citação ao livro de Andrew me faz pensar que o Brasil vive, há décadas, uma espécie de “era de Césares”. Assim como Calígula Caesar, Tibério Caesar, Julio Caesar e outros que tais, temos aqui, em terras tupiniquins, os nossos Sarney Cesar, Collor Cesar, Luis Inácio Cesar, Michel Cesar... e por aí afora. Tivessem vivido na verdadeira era dos Césares, certamente pertenceriam às famílias desses soberanos, sempre prontos a requerer quinhões decorrentes do seu suposto “jus sangüinis”, ou mesmo até cometendo suicídio por se haverem constatado cidadãos comuns, sem a menor chance de chegarem ao sonhado trono.
Cabe aqui uma exceção a Sarney César, que certamente compraria a alma de algum notário do “Statum” republicano romano, por alguns patacões de ouro, passando a possuir algum incontestável documento de origem, que lhe conferisse não só o direito a muitas coroas de louros, mas também a oportunidade de morar próximo a todas as brechas que o poder sempre produz.
Se, por um lado, os nossos ‘césares’ de duvidosa reputação podem se considerar tranqüilos por não termos por aqui feiticeiras Sibilinas, por outro, é bom que fiquem espertos, pois o Império Romano, tal qual previsto , um dia desabou – e nunca mais se reergueu. Tanto aqui, quanto lá, os pecados e desejos humanos sempre foram os mesmos: poder sem limites, vaidade desenfreada, ambição, inveja e falta de escrúpulos. Nunca é demais lembrar que a queda do poder e do estilo de vida de civilizações antigas como a romana, a grega, a mesopotâmica, deixaram à humanidade heranças como a democracia, a república, o parlamento, a independência dos poderes e outros institutos importantes para o desenvolvimento da humanidade. Pergunto-me qual será o legado do moralmente decadente Império dos césares verde-amarelos. Que será deixado às nossas futuras gerações, além do futebol e do samba?
Por falar nisso, pensando na sacrossanta e ilibada conduta de todos os nossos governantes das últimas décadas, alguém aí sabe o que é “impeachment” ??? Se alguém souber, por favor, escreva, defina... mande fotos dela, se ainda as possuir, desenhe, jure a sua existência solenemente sobre a Bíblia. Se tiver recortes de jornal falando sobre ela, peça a um perito oficial que ateste a originalidade do seu exemplar, depois registre em cartório e, por fim, se tiver oportunidade de acesso a algum método de fossilização rápida, eternize esse documento, pois a tradição oral, que construiu a relevante história de muitos povos nórdicos, no Brasil é simplesmente esmagada por uma equivocada cultura popular de massa, comandada, quase sempre, pela TV aberta de grande audiência.
Daqui a cinqüenta anos, numa aula inaugural de algum congresso estudantil qualquer, algum sarney césar dirá, convicto, que ‘impeachment’ foi apenas uma palavra inventada pelos norte-americanos, mas que no Brasil nunca existiu.
Ia me esquecendo: Caesar mandou acalmar o povo dando-lhe pão e circo, à "mancheia". Aqui, todos têm cartão do bolsa-família, pra viverem bem a sua vida, na sua casa, graças ao "meu salário, minha vida", que se não for levado pelos impostos, será arrancado do meu bolso pela violência urbana.
E a capivara perde o sono, mais uma vez, e de raiva!
Fui
Bom, embora eu não seja um Escritor ''tão famoso como o dito Paulo Coelho, eu escrevi humildimente, um Livro sobre os Segredos de uma Poderosa Sibila. Alias,este livro ainda está em fase de avaliação na Mesa do Editor (A espera de uma Grande Editora para publicar). Bom, o fato é que chamou-me a atenção o comentário do Paulo Coekho sobre o encontro do Tal Padre, concidência ou não, eu mensiono em meu Livro um contato Secreto de um Padre que me deu uns Escritos Secretos que foram guardados por ele a anos. Este Padre veio a falecer, então como que ''inspirado'' eu resolvi escrever sobre o ''segredo da Sibila de Cuma''. Espero que meus Leitores gostem do meu trabalho (apesar de não ser um Paulo Coelho da Vida) Gostei do dito neste Site, e se possível ele no futuro me elogie, no Idéias de Capivara. Desejem-me sorte. Obrigado!
ResponderExcluirO Senhor Paulo Coelho errou, juntamente com o citado Escritor. Na verdade, não foi Tibério quem copiou os ditos "Livros Sibiulinos" e sim Tarquino (o Soberbo) 500 anos AC.
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